sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Eu Melhor - Pela Valorização do Professor.

          
               O post de hoje é dedicado a todos os professores e, em especial, minha mãe Sueli Bernadete professora de Artes da rede municipal de ensino da cidade de Itajaí - SC.


                                Foto: mamis linda.
              
           O Eu Melhor convidou a Professora Bianca Leilane para contar um pouco de sua experiência na profissão.
            
           Espero que gostem!
            

            " Ser professor: analisar o mundo além das letras!

Mais ou menos aos treze anos, despertou-me uma vontade de ser professora. Não era nada muito claro, nem muito certo, mas a vontade vinha surgindo. Lógico que antes disso pensei em ser médica, depois advogada, depois cantora... e por aí passaram-se várias vontades...um tanto superficiais!

Formei-me no Ensino Fundamental ainda com a certeza que seria professora, só não sabia de qual disciplina: Geografia ou Língua Portuguesa? Dúvida cruel!

Anos mais tarde, já no tão temido Ensino Médio é que a certeza veio à tona: quero ser professora de Língua Portuguesa. Para a família, motivo de orgulho, para os amigos, loucura... para mim, certeza! Certeza esta despertada, motivada e cultiva pela minha tão querida professora de Língua Portuguesa, Ana Maria. Foi através de suas encantadas aulas, de sua paixão pela Literatura, de suas experiências compartilhadas, de sua forma de ensinar que decidi seguir a mesma profissão.

Lembro-me claramente quando, ao perguntar para ela o que era ser professora, ela respondeu-me com toda delicadeza e consistência de sempre: “ser professora é analisar o mundo além das letras e dos números, é enxergar no outro a felicidade de ter aprendido algo novo, é aprender algo novo todos os dias.”. Se restava alguma pequenina dúvida do que queria, ali ela se foi. Era isso... enxergar o mundo de outro jeito, trocar conhecimentos, relacionar-se... lidar com pessoas e não apenas com papéis...

Sim, fui em frente...descobri que para seguir minha vontade, regada há anos, eu teria que prestar vestibular para o curso de Letras. E assim o fiz. Passei. E agora?

Agora começava a luta diária para se chegar a um objetivo principal: tornar-me professora, uma boa professora.

Sempre acreditei que para escolher uma profissão fosse necessário não apenas querer, mas querer fazer bem. O bom profissional é aquele que exerce com excelência o seu trabalho. E tracei meus planos.
Matriculei-me no Curso de Letras da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI. O curso tem duração de 4 anos, contando com estágios, e possui uma carga grande de leitura e de escrita, e talvez essas sejam as principais dificuldades, principalmente se você não gosta de ler ou escrever.
Cursar letras foi algo fantástico. Sempre tínhamos uma leitura nova para socializar, vários trabalhos para apresentar e muita matéria para estudar, mas acredito que isso não difere dos outros cursos. Quantas noites em claro para dar conta do recado? Muitas. Todavia, ao final, como valeu a pena. Aproveitei muito bem o meu curso, foram quatro anos de muito estudo, esforço, medo de não conseguir, mas principalmente muitas conquistas e novas amizades.
Alguns meses depois de ingressar na faculdade, fui chamada para lecionar na mesma escola na qual tinha me formado no terceirão e substituindo a minha tão amada professora... que desafio! Eu agora era professora de adolescentes que no ano anterior eram meus colegas de escola. Foi difícil de início, mas logo tudo foi estabilizado.
A escola seguinte em que trabalhei e na qual permaneci quase 10 anos, trouxe-me novos desafios. Trabalharia agora com crianças e adolescente entre 10 a 14 anos, e foi trabalhando com eles que descobri esse novo mundo de que tanto minha professora falava. Não há felicidade maior que olhar nos olhos de seus alunos e perceber o quanto você tem contribuído com a aprendizagem deles, e, consequentemente, com suas vidas e com a própria sociedade.

Não, talvez não mudaremos o mundo, não transformaremos todos, não seremos transformados todos os dias, mas tenho certeza de que jamais seremos os mesmos.

Atualmente, continuo trabalhando com crianças e adolescentes e a cada dia que passa tenho mais certeza que estou no lugar certo... que não há lugar melhor para mim e que me traga maior felicidade profissional do que a escola e o prazer de ensinar e aprender todos os dias".


 Foto: Bianca Leilane Vidal Alexandre Amaro.




                               Eu Melhor pela valorização do professor!

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

O que você quer ser quando crescer?




                    
É preciso amar as pessoas
Como se não houvesse amanhã
Porque se você parar pra pensar
Na verdade não há.

Sou uma gota d'água,
sou um grão de areia
Você me diz que seus pais não te entendem,
Mas você não entende seus pais.

Você culpa seus pais por tudo, isso é absurdo
São crianças como você
O que você vai ser,
Quando você crescer?


(Pais e Filhos, Legião Urbana)

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Inauguração - Eu melhor...



       Eu melhor.... Grandes momentos.... Grandes amigas....


                                        http://www.youtube.com/watch?v=61TtjCgCdRY
 
 
E foi então que apareceu a raposa:
- Bom dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.
- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? Perguntou o principezinho. Tu és bem bonita......
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.
- Ah! Desculpa, disse o principezinho.
- Após uma reflexão, acrescentou:
- Que quer dizer “cativar”?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos d uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
...Mas a raposa voltou a sua idéia.
- Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando tiveres me cativado. O trigo, que é dourado fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...
E a raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
- Por favor... cativa-me! Disse ela.
- Bem quisera, disse o principezinho, mas não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
- Que é preciso fazer? Perguntou o principezinho.
- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mau-entendidos. Mas, a cada dia, te sentarás mais perto...
No dia seguinte o principezinho voltou.
- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração...É preciso ritos...
... Assim o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
- Ah! Eu vou chorar.
- A culpa é tua, disse o principezinho, eu não queria te fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...
- Quis, disse a raposa.
- Mas tu vais chorar! Disse o principezinho.
- Vou, disse a raposa.
- Então, não sais lucrando nada!
- Eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo.
Depois ela acrescentou:
- Vai rever as rosas. Tu compreenderás que a tua é única no mundo. Tu voltarás para me dizer adeus, e eu te farei presente de um segredo.
Foi o principezinho rever as rosas:
- Vós não sois absolutamente iguais a minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativaste a ninguém. Sois como era minha raposa. Era uma igual a cem mil outras. Mas eu fiz dela um amigo. Agora ela é única no mundo.
E as rosas estavam desapontadas.
- Sois belas, mas vazias, disse ele ainda. Não se pode morrer por vós. Minha rosa, sem dúvida um transeunte qualquer pensaria que se parece convosco. Ela sozinha é porém mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei. Foi a ela que pus sob uma redoma. Foi a ela que eu abriguei com o paravento. Foi dela que eu matei as larvas ( exceto duas ou três borboletas). Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa.
E voltou, então, à raposa:
- Adeus, disse ele...
- Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.
- O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
-Foi o tempo que perdeste com a tua rosa que fez tua rosa tão importante.
-Foi o tempo que perdi com a minha rosa... repetiu o principezinho a fim de se lembrar.
- Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não deve esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.
 
Esse trecho do livro Pequeno Príncipe de Saint Exupery diz muito desse vídeo...
 
Bjks Aldi
 
 

Eu melhor....